Os erros que cometi na primeira papinha de neném

Que todo pai ou mãe quer fazer o melhor para seu filho, não restam dúvidas. O problema que todos vivemos no começo é: o que é certo? Aos poucos, a gente vai testando coisas, aceitando e rejeitando conselhos, às vezes até do próprio pediatra. Tudo porque filho não vem com manual de instruções, e o que funciona para um nem sempre funciona para outro. E você vai encontrar todo tipo de conselho no Google, para o sim e para o não, de fontes que parecem totalmente confiáveis. Então, nas sábias palavras do Markito, “é isso que você acha certo? Então faz, que deve estar certo”.

A primeira papinha da Helena era um grande dia para eu e minha esposa. Após 5 meses só no leite materno, e o 6º incorporando frutinhas – a preferida dela é a pêra – , havia chegado a hora de cozinhar para aquele pedacinho de gente.

Na maioria dos conselhos que reuni, de médicos e de família, era para fazer um tempero leve, mas desde já com alho e cebola, usando um ou dois tubérculos de cada vez. Escolhemos começar com os mais simples, batata e cenoura. E lá foi o papai para a cozinha.

Tempero delícia, muuuito pouquinho sal, tudo bem cozidinho… quase que a gente comeu antes dela. E a expectativa era enorme dos dois lados. Afinal, o que seria comida salgada?

Antes de revelar a próxima foto, já vou adiantar três erros que cometi.

Não precisa colocar sal na papinha

Fomos entender mais tarde que a criança não conhece o gosto do sal, portanto não vai sentir falta dele se você não colocar. Ele não acrescenta nada em termos nutricionais, e vai fazer mal pra caramba daqui a uns 50 anos, então por que já não começar com o pé direito?

Comece com uma papinha mais líquida

A criança até agora só bebeu leite e comeu fruta raspada ou suco. Se você começa com algo muito sólido, a textura vai parecer estranha para ela.

Atenção para legumes que cozinham em pontos diferentes

A cenoura demorava bem mais que a batata, e eu acabei não esperando o suficiente. Resultado, pedacinhos de cenoura que eu não consegui amassar bem, e um deles quase fez engasgar a minha filha.

Bom, então é hora de revelar como foi a aceitação dessa papinha maravilhosa:

Você pode imaginar a minha cara nessa hora. Tipo, meu mundo caiu. E no dia seguinte, foi a mesma coisa, e no terceiro, idem. Trocamos de batata para batata-doce, depois para baroa, a semana foi passando e nada. Quando contamos nosso caso a uma prima que já tem 2 crianças, ela riu: “mas vocês acabaram de começar!”.

E aqui vai o quarto erro que cometemos.

Não espere demais do começo.

Quando o neném começa a mamar, embora seja instintivo, ele não sabe sugar direito, e leva alguns dias até que aprenda como abocanhar o peito. Quando toma banho, se assusta, e quando começa a sentar, cai para os lados. Por que com a papinha seria diferente? Aceitamos que Helena precisava de um tempo para gostar e se acostumar, e tudo ficou mais leve. Começamos a ver uma luz no fim do túnel lá pelo 12º dia, quando ela comeu 2 colheres de sopa de uma papinha industrializada – sim, como podem ver, acabamos testando de tudo. Embora também não tenha sido legal ver sua filha preferindo a industrializada do que a sua.

Quatro semanas depois, Helena já come umas 8-10 colheres de sopa de vários sabores de papinhas: batata, cenoura, inhame, baroa, moranga. E também começamos a colocar um pouquinho de músculo bovino ou peito de frango no cozimento, que se desmancha e já dá um gostinho da carne para ela – ela adora!

Agora o problema é diferente: ela avança na colher com uma vontade kamikaze. E normalmente suja a roupinha inteira – o babador nunca foi suficiente, então paramos de usar por enquanto.

Então, papais e mamães, fica aqui o meu relato pessoal, que tenho prazer em compartilhar com vocês. A entrada da Helena no mundo da gastronomia inaugura uma nova categoria neste blog – o Eu Já Cominho . Guarde essa página pra acompanhar as nossas aventurinhas pela cozinha ;-)

E ah, não deixe de registrar os seus casos aí nos comentários!